Uma empresa que seja competitiva tem de dizer «Presente» à era da IA

Uma empresa que seja competitiva tem de dizer «Presente» à era da IA

​Porque é que a Inteligência Artificial (IA) é importante para as Telco? Em que fase está a sua implementação nestas empresas? Quais são os seus potenciais benefícios? Quais os desafios associados? E perspetivas para o futuro? Estas foram algumas das questões sobre as quais Paulo Rego, da Direção de Produto e Pré-venda da Altice Portugal, refletiu durante a sua intervenção no Building The Future, no dia 22 de fevereiro.

Na sua visão a IA, no contexto das Telecoms, é “algo aliciante que vai permitir mais eficiência, menos custos e uma melhor customer experience”. É nesse sentido que a MEO Empresas tem apostado em modelos de IA para otimizar recursos, minimizar avarias e garantir um equilíbrio inteligente na sua rede, de modo a oferecer uma maior capacidade aos clientes, sem aumentar os seus investimentos.

Além disso, Paulo Rego deixou clara a importância da Predição, Prevenção e Resposta em relação à segurança das operações de rede, destacando os esforços da Altice Portugal para antecipar e combater fraudes, através de ataques falsos com recurso a modelos de IA.

Paulo Rego também abordou os desafios enfrentados pelas empresas no desenvolvimento e implementação da IA, tendo destacado questões como privacidade, ownership dos dados e escassez de talento especializado. Para esta última, deu como exemplo uma solução já executada pela empresa: “requalificar alguns técnicos de alto perfil, que já temos, para nos ajudar a dar escala aos nossos modelos de IA, maioritariamente desenvolvidos com a grande intervenção do nosso braço de inovação: a Altice Labs.”

Enfatizou ainda a necessidade de uma abordagem ética e responsável desta aposta da IA respeitando sempre a privacidade e os direitos dos clientes. Isto é, a regulação e utilização responsável dos dados neste contexto.

"Atingirmos a maturidade da IA nas empresas vai ser um processo demorado, mas não podemos ignorar o fenómeno da GEN IA. Este é um daqueles momentos em que uma empresa que seja competitiva tem de dizer «Presente», alocar recursos e investir, mesmo que ainda não saiba o desfecho do que vai acontecer no futuro e se terá um final feliz”, disse em relação aos tempos vindouros.

E concluiu com otimismo: “Espero que a IA evolua favoravelmente e que nos ajude a desempenhar o nosso trabalho, com as pessoas sempre à frente - que são e continuarão a ser o nosso principal ativo. A única forma de continuarmos a ser líderes de mercado, como somos hoje, é através da inovação e é esse o nosso objetivo quando falamos em IA: sermos líderes de mercado, marcar o passo e liderar pela inovação.”

Texto: Meghanne Barros