Talks regressou para discutir a relevância do 5G para as empresas

MEO Empresas Talks: Qual é o impacto das redes 5G nas empresas?

MEO Empresas Talks: Qual é o impacto das redes 5G nas empresas?

​​"Depois de termos fibrado o nosso país com fibra ótica ao longo dos últimos anos, temos agora uma cobertura 5G que nos permite sermos olhados pelo mercado e pelos nossos clientes como sendo o melhor parceiro tecnológico em Portugal e na inovação" Nuno Nunes Chief Sales Officer B2B da MEO


5G: um mundo de oportunidades

As redes móveis privadas 5G estão no centro do debate das telecomunicações. De acordo com David Oliveira, Head of Transaction Strategy Execution na EY-Parthenon & EY, estas redes oferecem múltiplos benefícios: “É um perímetro que está protegido, que tem um conjunto de dispositivos e utilizadores que atuam em cima dessa rede.”

Entre as vantagens destacam-se a cobertura garantida no perímetro, baixa latência, alta disponibilidade, personalização, escalabilidade, mobilidade e segurança. Um exemplo prático é a sua utilização em drones, dada a capacidade de se adaptar a diferentes ambientes operacionais.


Um investimento suportado pela eficiência

Quando olhamos para as redes móveis privadas 5G, olhamos como um custo, mas devemos olhar também como um investimento. Se tivermos em consideração o investimento que estamos a fazer e a contrapartida que nos vai dar, podemos ter uma eficiência de custos significativa na otimização daquilo que são as nossas operações e no nosso tempo de resposta ao mercado", explica David Oliveira.

No entanto, a implementação de redes móveis privadas 5G enfrenta desafios, como regulamentações, custos e prioridades de investimento. Mas o principal entrave, segundo David Oliveira, está nas empresas compreenderem as suas necessidades e explorarem como tirar partido desta tecnologia.

“A complexidade tecnológica é algo que nós temos que desmistificar em conjunto. É algo que os parceiros, as empresas de telecomunicações e os fornecedores de hardware têm de começar a desmistificar, porque, de facto, essa complexidade tecnológica está-nos a atrasar em termos de resposta ao mercado”, defende.

"Existe já uma perceção de mercado que a utilização destas redes [5G móveis] é imperativa para o sucesso e para a resposta das organizações" David Oliveira, Head of Transaction Strategy Execution na EY-Parthenon & EY.


O cenário português

Em Portugal, a rede de telecomunicações apresenta uma qualidade elevada, mas o seu potencial é muitas vezes subvalorizado. “Portugal tem uma rede de telecomunicações fantástica, mas se calhar olhamos para o 5G para ver vídeos”, afirma David Oliveira. O especialista acredita que o tecido empresarial português precisa de maior proximidade com empresas de tecnologia e telecomunicações, que possam demonstrar os benefícios do 5G para as organizações.

Um exemplo de sucesso é o projeto da MEO no Porto de Leixões. Este projeto utilizou um radar de grande capacidade numa lancha de pilotos, permitindo a sua localização em situações de urgência. Filipe Martins, Program Manager Data Center na Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, destaca que a baixa latência do 5G foi crucial: “O aspeto fundamental para avançarmos com o 5G foi, de facto, a latência. A latência era o aspeto mais determinante que precisávamos de endereçar e, na minha opinião, é ainda o aspeto mais interessante do 5G.” Segundo o especialista, há três anos seria impossível realizar este projeto “com a precisão que existe agora”.

José Palma, da Direção de Engenharia e Operação de Rede MEO Empresas, explica que foi utilizada uma rede móvel privada virtual numa configuração pré-slicing. “O cliente terá um portal para gerir as suas funcionalidades em real time, para ter acesso à alarmística e à monitoria, conseguindo fazer as personalizações que são necessárias”, refere. Esta solução, segundo José Palma, permite “democratizar o acesso das empresas às redes privadas móveis”.

Filipe Martins revela ainda que o futuro passa por novos desenvolvimentos: “Estamos a investir num novo projeto que consiste em transferir as imagens das dezenas de navios que operam no Douro em permanência e que têm radares a bordo para os centros de controlo”, diz.


Um trabalho a "quatro mãos" para uma tecnologia acessível a todos

José Palma destaca ainda que uma solução dedicada requer um planeamento detalhado e competências técnicas específicas para a sua instalação, ativação e supervisão. Contudo, reconhece que essa complexidade pode ser desafiante para as empresas: “Ou a empresa desenvolve essas competências, o que é complicado devido à complexidade da tecnologia, ou delega ao parceiro a implementação de uma solução virtual”.

José Palma, refere que a MEO Empresas, tem sinergias com outros serviços que não só facilitam a implementação desta solução como a torna muito mais acessível economicamente do que uma infraestrutura instalada diretamente na empresa.

Este modelo colaborativo e construído “a quatro mãos” não só facilita a adoção das redes móveis privadas 5G por parte das PME, como contribui para democratizar o acesso a esta tecnologia, ampliando o seu impacto no tecido empresarial português.

"Com a Private Custom Network, estamos a democratizar o acesso das empresas às redes privadas móveis", José Palma Direção de Engenharia e Operação de Rede MEO Empresas.

ECO