Café Joyeux | MEO Empresas

Café Joyeux, parcerias que mudam vidas

A Associação VilacomVida foi fundada em dezembro de 2016 por um conjunto de pais de pessoas com dificuldades de desenvolvimento. O objetivo destes pais é comunicar de forma proativa e positiva os talentos e as capacidades destas pessoas, e criar projetos e negócios sociais que tornem a diferença parte da sociedade e contribuam para a sustentabilidade do projeto.

"A nossa ambição é que um dia a diferença seja vista como parte de nós, sociedade, e não seja vista apenas como diferença", explica Filipa Pinto Coelho, Presidente da Associação.

Por sua vez, o Café Joyeux nasceu em França em 2017, com um modelo de integração e formação destas pessoas, apoiado na abertura da primeira família de cafés-restaurantes solidários e inclusivos. Ao tomar conhecimento e contato com este projeto, a Associação, que se preparava para abrir um projeto próprio de café solidário e inclusivo, decidiu juntar forças com este projeto, mais maduro e testado.

O acordo de franchising foi assinado em abril de 2021 e em novembro abria o primeiro Café Joyeux fora de França, na zona de São Bento, em Lisboa.

Para Filipa Pinto Coelho, a diferença principal deste projeto é uma aposta muito mais clara nas capacidades e nas competências das pessoas: "Somos a primeira empresa em Portugal que assina, à partida, um contrato de trabalho sem termo com estas pessoas. A sua formação decorre no âmbito do contrato. Podemos fazer isto porque temos estrutura, processos e equipamentos que o tornam possível. Este é um modelo de empregabilidade inovador".

Esta aposta imediata na autonomia da pessoa tem-se revelado acertada. "Vemos que esta aposta resulta em maior autoestima e confiança das pessoas, que crescem rapidamente, adquirindo as competências e cumprindo a sua função. Empregar de imediato estas pessoas tem sido, mais do que uma atitude solidária, uma atitude inteligente", explica a responsável da Associação.


Formar profissionais que são valorizados

Neste contexto, todo o conceito do Café Joyeux está pensado numa lógica de fomento da autonomia das pessoas com dificuldades, com equipamentos, processos e equipas adequadas. Não se trata de um café que apenas emprega mais pessoas. É uma organização orientada para o ganho rápido de competências e autoestima que faz com que estas pessoas cumpram a sua função ao nível de qualquer outra pessoa, dando um serviço de qualidade aos clientes do café.

"Estamos a mostrar que as pessoas com diferença podem fazer parte da resposta à escassez de mão-de-obra na restauração e turismo. Estamos a falar de mão-de-obra qualificada que se adaptou e aprendeu no posto de trabalho. E existe um compromisso e uma adesão ao trabalho que nos deixa orgulhosos de dizer que não temos absentismo no Café Joyeux", afirma Filipa Pinto Coelho.

As características do Café Joyeux podem ser replicadas em muitas organizações do setor do turismo. "O modelo "Escola Joyeux" permite, durante dois anos, o desenvolvimento de competências em quatro áreas: barista, serviço de mesa, caixa e cozinha, formando colaboradores polivalentes no setor da restauração, competitivos no mercado" afirma a responsável. "Ao fim de dois anos podem escolher se querem continuar connosco ou se querem partir para outros desafios, agora mais capacitados e confiantes".

O sucesso deste modelo pode ser importante para ajudar a resolver o problema que são os cerca de 4 mil jovens que, todos os anos, a nível nacional, saem das escolas, com capacidades e potencial de autonomia e integração na sociedade, "mas que não encontram respostas à altura do contributo que podem dar à sociedade", alerta Filipa Pinto Coelho.


Parcerias e apoio de empresas é muito importante

Neste contexto, estima a responsável, "é muito importante o apoio que recebemos e o acompanhamento que temos por parte de entidades como a MEO Empresas. Quer pela comunicação e notoriedade que nos dão, quer pelo apoio direto e por nos integrarem nas suas iniciativas e eventos".

A MEO Empresas tem estado com o Café Joyeux desde o início do projeto e acompanha a sua expansão, nomeadamente com apoio técnico e soluções de voz e comunicações. O terceiro Café Joyeux abriu recentemente em Cascais e o quarto abrirá em setembro nas instalações de uma grande empresa.

A experiência de Filipa Pinto Coelho é que esta é uma aposta de sucesso: "As pessoas aderem e querem fazer parte do projeto. Damos um serviço com qualidade e simpatia que ajuda a fazer desaparecer o estigma da diferença. A transformação na confiança e na postura das pessoas que empregamos é extraordinária".

Quanto ao futuro "Esperamos abrir mais cafés por Portugal e dar mais emprego a estas pessoas incríveis. Queremos que a diferença seja mais próxima da sociedade para que um dia ela seja vista como parte de nós e não seja vista como diferença", são os votos da responsável da Associação.