“Constituí a minha firma em 1962 e parti do zero: tenho apenas a terceira classe, que tirei na tropa, mas soube rodear-me dos melhores profissionais e sempre pensei mais a frente; há 50 anos. comprei um dos primeiros computadores na região e toda a gente me chamava de maluco, mas eu sabia que aquilo era o futuro”, orgulha-se. Navegar à vista, sem embarcar em aventuras, parece ser o segredo do empresário que geriu sempre o negócio com “os pés bem assentes no chão".
“Os nossos armazéns e outras infraestruturas são todas próprias, construídos à medida que o negócio ia crescendo: não pagamos rendas e também não devemos nada à banca”, nota José Lourenço. Porque a independência é um dos pontos de honra da casa, a José Lourenço Pneus primou sempre por não firmar amarras no mercado.
“Somos importadores e exportadores, mas especializámo-nos sobretudo em ser retalhistas, o que nos permite vender a grandes empresas como a Alves Ribeiro, Tecnovia, Teixeira Duarte, entre outras" afirma José Lourenço. Nas marcas que comercializa, a autonomia também é chave, reitera o fundador: “Somos conhecidos em toda a Europa por sermos parceiros da Michelin, mas não quisemos abrir franchising e dedicamo-nos também a outras marcas de referência, como a Continental, por exemplo".
O império familiar que hoje conta também com a presença das novas gerações da família, nomeadamente os filhos e netos de José Lourenço, além do José Lourenço Pneus, abrange ainda a José Lourenço e Filhos, dedicada a postos de combustíveis e a área de negócio agrícola, com cerca de 500 hectares de floresta.