Herdade do Mouchão | MEO Empresas

Vinhos com história que brindam ao futuro

​​​Fundada em 1901, da adega de onde continuam a sair os 'vinhos robustos, mas profundamente elegantes da Herdade do Mouchão exala um legado histórico cujas raízes remontam ao inicio do século XVIII. Embora, à época, a família Reynolds, cuja sexta geração assume hoje a condução dos destinos do herdade, tivesse desembarcado no Porto, vinda de Inglaterra, para se dedicar à exportação de azeite, mel, lã, cortiça e vinhos, poucos anos tardaram até que rumasse ao sul do país, para apostar em forço na atividade corticeira.

Destinada a afirmar-se cano casa e bastião do negócio dos Reynolds dai em diante, como explica Hamilton Reis, a Herdade do Mouchão haveria, porém, de ficar para a história da produção vitivinícola em Portugal, graças a uma “feliz coincidência de fatores”. “Em 1870, quando a família decide dar um novo fôlego ao negócio dos vinhos, chegam à herdade dois professores da Universidade de Montpellier, que encontraram no terroir e no clima do Mouchão as condições perfeitas para que uma nova variedade de videira que tinha sido criada em França vingasse: a casta alicante bouschet”, conta o enólogo. O resto é história condensada em vinhos de “muita força e profundidade, mas que equilibram tudo isto com uma enorme concentração de acidez natural”, permitindo que, uma vez na garrafa, os vinhos da Herdade do Mouchão “possam viver para sempre", frisa Hamilton Reis.

Liderada por laia Reynolds, atual CEO da companhia, a Herdade do Mouchão destaca-se também como uma empresa que soube acompanhar os acontecimentos históricos mais marcantes dos últimos 120 anos. “Já existia a Herdade do Mouchão quando se começou a instalar a rede ferroviária em Portugal.
Passamos pelas duas grandes guerras, pelo 25 de Abril, e conseguimos manter a nossa identidade e o nosso negocio até aos dias de hoje. No arquivo do jornal Expresso, não faltarão referências à Herdade do Mouchão ao longo dos anos“, orgulha-se Hamilton Reis.

Porque a exportação “fez sempre parte do ADN da família Reynolds e da Herdade do Mouchão”, a internacionalização mantém-se como uma das prioridades da companhia, sem esquecer o mercado nacional, nota o gestor de Enologia. “Atualmente, 50% do nosso negócio destina-se à exportação e 50% ao mercado português”.

No sector vitivinícola, onde o peso da tradição é inegável, a Herdade do Mouchão não se coíbe, contudo, de dar prioridade a processos de produção “cada vez menos interventivos”. Na dianteira da evolução tecnológica, a empresa conta ainda com a Altice como parceiro de telecomunicações, a qual tem contribuído para “ligar a Herdade do Mouchão ao mundo”, conclui Hamilton Reis.​