Da Lezíria ribatejana para o prato dos consumidores “um pouco por todo o mundo”, os produtos com a chancela da Monliz dão assim a provar “aquilo que o nosso país tem de melhor: a qualidade dos solos, dos agricultores e até o clima”, defende o diretor-geral.
Os nossos produtos falam por nós: temos conseguido que, tanto no mercado nacional como no internacional, os nossos clientes – as grandes cadeias de distribuição e unidades industriais – reconheçam a qualidade dos produtos hortícolas da bacia do Tejo e da Lezíria”, salienta.
A experiência consolidada ao longo de mais de quatro décadas de atividade tem ajudado igualmente a Monliz a preparar-se para os “desafios conjunturais” que se têm feito sentir “com particular força” nos últimos anos, argumenta Mauro Cardoso, que admite ter “um otimismo moderado” a propósito da evolução do negócio em 2023.
Reconhecendo que os tempos mais recentes “não têm sido fáceis”, o responsável frisa que os “problemas de fundo que mais impactam a nossa atividade já vêm de trás, bem antes da pandemia, da crise inflacionária e da guerra”. A culpa é das alterações climáticas, que favorecem a “ocorrência de fenómenos extremos muito prejudiciais para a nossa atividade”, lamenta Mauro Cardoso.
Em paralelo, acrescenta, as políticas de sustentabilidade responsáveis pela proibição do uso de determinadas moléculas nos tratamentos fitossanitários das culturas “têm pressionado bastante a rentabilidade” das mesmas, dificultando “a contratação dos volumes necessários para abastecer o mercado”.
A escassez dos recursos hídricos e a consequente “competição pela água” são outros dos fatores que, na opinião do diretor-geral da Monliz, condicionam a atividade no sector agrícola. “Em relação a Espanha, por exemplo, a falta de água não é tão severa como do outro lado da fronteira, o que tem permitido atrair investimentos em monoculturas como o amendoal, o olival e a vinha”, culturas que estão a “tirar espaço de cultivo aos hortícolas”, aponta.
Assumindo o compromisso de procurar “ser cada vez mais eficiente, com menos impacto no ambiente” e colocando-se ao lado do consumidor “na sua busca por uma alimentação mais saudável e sustentável”, a Monliz encaminha-se ainda para um horizonte de cada vez maior “inovação tecnológica”, sublinha o diretor-geral da empresa, que destaca também o “contributo importante da Altice como parceiro de telecomunicações” para que a Monliz se mantenha na “vanguarda do negócio”.