“A primeira fábrica resultante desta parceria iniciou atividade na Tunísia, em 1992, com o nome de Eletric Cable. Em 1993, foi a vez da segunda unidade industrial, a COFICAB, localizada na Guarda, onde a Delphi tinha, à época, uma das suas fábricas principais na Europa, que empregava quase três mil pessoas”, recorda o responsável.
Entre 1992 e 2000, “ambas as fábricas tinham a Delphi como cliente exclusivo e uma faturação conjunta de 30 milhões de euros”, continua João Cardoso. Até que, na viragem do milénio, a gestão do grupo decide acompanhar as deslocalizações de produções de cablagens para o Leste da Europa e o Norte de África. Para Portugal, precisa o administrador, ficaria reservado o foco no Desenvolvimento a Inovação. Uma contrariedade que a unidade portuguesa encarou como uma oportunidade: “A concorrência para a nossa empresa na Guarda passou a ser a elite tecnológica do nosso ramo, então situada em França e na Alemanha.
Passados 22 anos, somos não só o líder tecnológico dentro do grupo COFICAB mas também o líder mundial na indústria de cabos automóveis”, frisa João Cardoso. A empresa com sede na Guarda é hoje a segunda mais importante do grupo, “com uma faturação de 300 milhões de euros por ano, quando no ano 2000 era de 20 milhões, orgulha-se o responsável. "Somos não só o líder tecnológico dentro do grupo COFICAB mas também o líder mundial na indústria de cabos automóveis", frisa João Cardoso, administrador da COFICAB. A empresa com sede na Guarda é hoje a segunda mais importante do grupo, "com uma faturação de 300 milhões de euros por ano, quando no ano 2000 era de 20 milhões", orgulha-se o responsável.
Atualmente, o negócio da COFICAB dó passos sustentados à boleia da corrida pela maior sustentabilidade da indústria automóvel. “O nosso produto é um dos beneficiados com a aposta na eletrificação automóvel em curso”, explica João Cardoso, que se mostra confiante com as “perspetivas positivas” a médio/longo prazo. “Prevemos um crescimento da faturação da nossa empresa na ordem dos 15% ao ano, até 2030”, adianta. Ainda assim, no curto prazo, a COFICAB está preparada para “tempos difíceis”.
“A inflação e a especulação associada são os desafios mais importantes que temos de gerir atualmente”, aponta o administrador da empresa, que chama a atenção para o “aumento enorme no preço das matérias-primas, acima dos 50%” e para o “aumento quase insuportável dos custos energéticos, na ordem dos 400%”. Apesar de antever “um segundo semestre de 2023 e todo o ano de 2024 bastante difícil, com uma queda abrupta na procura, João Cardoso não esmorece: “Estou otimista que no ano de 2025 se assista a uma recuperação muito rápida”.
Tendo a internacionalização como “condição sine qua non” numa indústria que dá prioridade a empresas de implantação global, a COFICAB exporta atualmente 95% da sua produção. Embora o mercado português represente “pouco” no negócio da companhia, a COFICAB assume um papel de inquestionável relevo no tecido empresarial da região da Guarda e do país. “Somos o maior empregador privado na Guarda e a empresa com maior faturação do distrito”, destaca o administrador. “Somos líderes mundiais no nosso sector e isso transporta o nome da Guarda e de Portugal para a cena internacional”, enaltece.
Para levar a bandeira da COFICAB de Guarda para o mundo, a empresa conta, por sua vez, com o contributo da Altice. “Num mundo globalizado como aquele em que vivemos, é essencial ter um parceiro tecnológico à altura”, afirma João Cardoso, que dá ainda o exemplo “do ciberataque de que fomos vítimas recentemente e que graças à colaboração com a Altice foi possível ultrapassar de forma rápida e eficiente”.